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Baleia Minke e seu filhote de 1 ano de idade, levado a bordo do navio japonês Nisshin Maru – Foto: Australian Customs and Border Protection Service/CC BY-SA 3.0 au

O secretário-geral do Gabinete do governo japonês, Yoshihide Suga, informou hoje (26) que o Japão vai se retirar da Comissão Internacional da Baleia (IWC na sigla em Inglês). A intenção é retomar a caça comercial de baleias no país a partir de julho de 2019, seguindo os métodos da IWC para calcular as cotas para determinar o número de baleias capturadas.

De acordo com Suga, o Japão caçará baleias apenas em suas águas territoriais e zonas econômicas exclusivas, sem avanços para o Oceano Antártico nem no Hemisfério Sul. O secretário-geral também afirmou que o país procura meios de promover a caça de baleias de maneira sustentável por mais de 30 anos, mas sem sucesso nas negociações com os países contrários à caça comercial.

O Japão era membro da IWC desde 1951. A organização, criada há sete décadas para garantir a preservação dos cetáceos e impedir sua caça indiscriminada nos oceanos, impôs a proibição da caça comercial em 1986, depois de algumas espécies chegarem próximas à extinção devido à pesca predatória. A Comissão também foi responsável pela aprovação da Declaração de Florianópolis, que reafirma o banimento da caça comercial de baleias em águas internacionais.

Desde 1987, o Japão permite que se matem baleias apenas com fins científicos (segundo informações oficiais). Porém, críticos e organizações de proteção dos animais afirmam que o programa é usado para encobertar a caça comercial, já que a carne é vendida no mercado. Os japoneses alegam que comer carne de baleia faz parte da cultura do país.

O governo do país planeja enviar delegações para alguns países anti-caça de baleias para buscar compreensão.