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Há 214 anos, na data de hoje, nascia uma figura importantíssima no mundo da evolução: Charles Darwin. E por isso, hoje (12/02) é comemorado o Dia de Darwin! Este dia homenageia o nascimento de um ícone da ciência e tudo o que ele nos ensinou, como a teoria da evolução, a origem das espécies e a seleção natural.

Uma de suas descobertas ocorreu a partir dos tentilhões das Ilhas Galápagos. Você sabe qual foi? Fica até o final que te contamos. 

 

Quem foi Charles Darwin?

 

Charles Darwin, foi um cientista e naturalista britânico que conseguiu explicar os mecanismos evolutivos das espécies através da seleção natural. Até então, de acordo com o conhecimento popular, essas modificações ocorriam de forma divina, ou seja, que ocorriam de acordo com Deus. 

Nasceu em 12 de fevereiro de 1809, cursou medicina, estudou os invertebrados marinhos e por fim, obteve sua formação em ciências da natureza.

 

Charles Darwin / Fonte: ABDET.

 

Após suas formações acadêmicas, em 1831, Charles iniciou sua expedição científica para dar a volta ao mundo em um navio: o famoso Beagle. 

 

HMS Beagle / Fonte: USP.

 

O maior questionamento de Darwin era em torno  de como as diferentes espécies haviam sido originadas.

Durante a expedição, realizou diversos estudos de observação, fez anotações metodológicas sobre a biologia do ambiente e a geologia dos locais por onde passou e muitas outras análises. 

Foram cerca de 5 anos viajando e ao voltar para sua cidade natal, se dedicou a escrever um livro e compilar todas as informações que obteve, respondendo diversas questões sobre as diferentes espécies existentes (que estavam em aberto até então).  

Em 1859, 20 anos depois, ele finalmente publicou o livro “A Origem das Espécies”, onde desafiou todas as crenças criacionistas da época, revolucionando completamente a maneira como as pessoas viam o mundo e os seres vivos. 

A evolução já era um assunto muito discutido por diversos cientistas, mas foi Darwin que apresentou as primeiras provas científicas que comprovaram o processo evolutivo pela seleção natural.

 

Mas, e os Tentilhões?

 

Em sua expedição, Darwin passou um bom tempo nas Ilhas Galápagos, onde observou diversas espécies diferentes de animais. 

Na ilha, coletou várias espécies de aves que chamaram sua atenção, de tamanhos e aparências distintas, acreditando que seriam de diferentes famílias de pássaros. Dentre elas, os tentilhões, pintassilgos, melros…

Porém, após levar ao ornitólogo John Gould, Darwin teve sua hipótese refutada e descobriu que, na verdade, as aves coletadas pertenciam à família Fringillidae, família dos tentilhões. 

O que levou ao questionamento de Darwin foram as diferenças físicas apresentadas pelos tentilhões, que possuíam bicos com diferentes formatos, o que os ajudava na alimentação, pois algumas aves se alimentavam de frutos e flores, outras de insetos e sementes.

 

Variações nas espécies de tentilhões / Foto: Biologia na Rede – CRBio.

 

Ao observar todas essas variações, Darwin começou a levantar a hipótese de que aquelas aves poderiam, na realidade, ter um ancestral em comum. Apesar da variação nos formatos dos bicos, todas apresentavam uma certa semelhança.

A partir daí, começou a formular a Teoria da Evolução através da Seleção Natural e do processo de especiação (processo evolutivo de formação de novas espécies). Foi aí que sua hipótese foi lançada baseando-se no processo evolutivo dos tentilhões, que devido ao isolamento geográfico, a competição por alimento e as condições ecológicas do ambiente deu origem a cada espécie encontrada pelo naturalista. 

 

Foto: Internet.

 

Hoje, a evolução é explicada pelas mudanças no perfil genético de determinadas populações, que passam de geração para geração. 

Essa condição contribui com o desenvolvimento de novas vantagens competitivas no ambiente que habitam, podendo garantir ainda mais sua sobrevivência, colaborando com a adaptação aos diferentes ambientes, e assim, a formação de novas espécies. 

A seleção natural foi um mecanismo descoberto por Darwin que se deu através de seus estudos populacionais e se tornou uma de suas maiores heranças. 

Charles Darwin notou que nem todos os indivíduos pertencentes a uma população têm chances de sobreviver e se reproduzir, devido a diversos fatores, como por exemplo, as características externas (comportamento, morfologia etc), sendo que alguns estão mais adaptados ao ambiente do que outros. 

E então, os indivíduos sobreviventes são considerados como mais “aptos” , o que permite que se reproduzam, passando seu gene para outras gerações, fazendo com que suas características permaneçam no ambiente ao longo do tempo. 

 

Tentilhões / Foto: Internet.

 

Darwin revolucionou a ciência e não a toa que ele se tornou uma enorme referência para todos os pesquisadores, não é?!

 

Texto por: Giovanna Leite Batistão

Revisado por: Juliana Cuoco Badari