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A biodiversidade brasileira destaca-se numericamente, abrigando aproximadamente 17% de todas as espécies conhecidas no mundo, o que representa uma riqueza gigante! Porém, há diversos fatores que ameaçam nossa biodiversidade e as mudanças climáticas são um deles. Hoje, 16 de março, é o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, e você terá a oportunidade de entender melhor como essas transformações afetam a biodiversidade. Além de compreendermos a importância de reservar um um dia para discutir o assunto. Vamos lá?

Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas 

O Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas, celebrado em 16 de março, foi escolhido como uma ocasião dedicada à sensibilização das pessoas sobre os impactos de diversos eventos climáticos. Esta data, estabelecida pela Lei Nº 12.533, destaca a importância de abordar questões como variações nas temperaturas médias, padrões de precipitação e eventos climáticos extremos. A legislação também determina que as escolas promovam atos, eventos, debates e mobilizações relacionadas a medidas de proteção dos ecossistemas brasileiros neste dia.

A data consiste em uma oportunidade de destacar a urgência em enfrentar os impactos das mudanças climáticas, dando ênfase à conservação da biodiversidade. São inúmeros os desafios e abordaremos alguns deles no texto, afinal a perda acelerada de habitats naturais devido a atividades humanas, como expansão agropecuária e a urbanização, representam uma ameaça significativa à diversidade de espécies. 

A biodiversidade brasileira

Estamos discutindo do impacto na biodiversidade brasileira, mas qual é sua verdadeira importância?  O Brasil abriga uma vasta variedade de espécies e ecossistemas. Mas qual é a dimensão disso em números? 

Este infográfico elaborado pelo IBGE apresenta um levantamento dos registros divulgados pelo órgão em uma avaliação abrangente dos dados sobre a biodiversidade brasileira no Sistema de Informação da Biodiversidade Brasileira (SiBBr) em 2022. 

Fonte: IBGE.

Com mais de 22,5 milhões de registros de ocorrência analisados, englobando diversos grupos taxonômicos, como aves, plantas, artrópodes e fungos, o estudo revelou que, exceto para aves, menos de 30% dos registros possuem informações completas, incluindo data, coordenadas geográficas e identificação da espécie. As aves e as plantas destacam-se tanto em número de registros quanto em distribuição, enquanto artrópodes, moluscos e fungos apresentam uma representação menor. 

As Coleções Biológicas ganhou destaque como a categoria predominante de publicadores, enquanto a Ciência Cidadã concentrou o maior volume de registros, principalmente de aves. Além disso, o estudo identificou disparidades regionais na densidade de registros, com São Paulo, Distrito Federal e Rio de Janeiro liderando em quantidade, enquanto os estados do Nordeste mostraram as menores quantidades. 

A maioria dos registros no SiBBr é recente, indicando um aumento na produção de dados nos últimos anos. Visite o site e fique a vontade para explorar os dados! 

Clicando aqui você consegue acesso ao quadro completo dos registros! 

Com o crescente número  de registros documentados nesta plataforma, além dos diversos trabalhos publicados por especialistas em diferentes grupos de espécies, é fácil imaginar quais serão as consequências para a biodiversidade. 

Impactos das mudanças climáticas na biodiversidade 

As mudanças climáticas têm efeitos devastadores sobre a biodiversidade, afetando diretamente a fauna, a flora e, por consequência, os seres humanos.

Confira este texto da Organização Pan-Americana de Saúde “A saúde precisa estar no centro dos planos nacionais de combate às mudanças climáticas” 

Os biomas brasileiros enfrentam ameaças crescentes devido à perda de habitats. Espécies endêmicas estão particularmente vulneráveis e a fragmentação dos territórios compromete a sua sobrevivência. Sem contar, a vida marinha que também sofrem consequências. Confira este texto da Fundação Mamíferos Aquáticos que aborda o tema. 

Além disso, as alterações climáticas globais intensificam os desafios. O aumento da temperatura e as mudanças nos regimes de chuva ameaçam a distribuição geográfica das espécies. 

Veja a notícia sobre “Mudanças climáticas ameaçam a Caatinga com desertificação e perda de espécies”. 

Outros problemas podem envolver inclusive mudanças no comportamento e fisiologia das espécies como alteração dos ciclos de reprodução, migração e floração. Isso pode gerar sérias consequências nas interações ecológicas, como polinização e predação.

Confira o texto “Fragmentação de florestas muda as teias alimentares na Amazônia”. 

Vamos agora conferir alguns elementos sobre biodiversidade que precisam ser considerados também? 

Este infográfico da Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos reúne algumas características que envolvem biodiversidade, além de elencar algumas oportunidades e sugestões de políticas de desenvolvimento.  

Fonte: Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos

Campanhas sobre mudanças climáticas

Como a comunicação pode ajudar a discutir este tema tão complexo? 

A comunicação científica desempenha um papel crucial ao abordar a profundidade das mudanças climáticas (você viu aqui como o tema é múltiplo).

Em primeiro lugar, ao comunicar os achados científicos em uma linguagem acessível e compreensível, conseguimos conectar o público à realidade do que está acontecendo de fato. Isso permite que as pessoas compreendam as causas, impactos e implicações dessas mudanças, contribuindo com a disseminação de informações sobre o tema. 

Além disso, temos o papel de combater a desinformação relacionada às à crise ambiental (e não são poucas). Uma das formas é apresentar dados sólidos, metodologias de pesquisa e consensos científicos.  

Por fim, a comunicação sobre ciência envolve não apenas transmitir informações, mas também inspirar ação. Queremos motivar indivíduos, comunidades e governos a adotar práticas mais sustentáveis, apoiar políticas ambientais e participar ativamente na mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 

Confira as duas últimas publicações da GreenBond relacionadas a este tema:

Destruição da Amazônia

Urso Polar morre de gripe aviária 

Agora vamos conhecer algumas ações sobre mudanças climáticas?

Em março de 2016, o Instituto Akatu lançou a campanha #ClimaMuitoLoko, visando conectar o cotidiano das pessoas às Mudanças Climáticas e ao Consumo Consciente. Ao longo do ano, a iniciativa abordou temas como Água, Energia e Resíduos, explicando de forma simples como um estilo de vida sustentável pode contribuir para combater o Aquecimento Global. A campanha destacou a importância da mudança coletiva de atitudes e utilizou GIFs e artigos para compartilhar dicas sobre como as pessoas poderiam impactar positivamente o clima em suas escolhas diárias de consumo. A iniciativa fazia parte das comemorações dos 15 anos do Instituto Akatu, dedicados à promoção de estilos de vida sustentáveis.

A campanha “Nós >> o movimento”, lançada em julho de 2021 pela ONU, teve como objetivo promover o debate e ações relacionadas às mudanças climáticas no Brasil até a realização da 26ª sessão da COP26 em novembro de 2021. A iniciativa, que incluiu intervenções em espaços públicos, como o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, buscava conscientizar sobre a interconexão entre clima, saúde, bem-estar e preservação ambiental. A campanha proporcionou materiais e histórias de engajamento por meio do site, enfatizando a necessidade de soluções práticas e imediatas para enfrentar desafios como desemprego, segurança alimentar e mobilidade, enquanto fortalecia indivíduos, comunidades e empresas comprometidos com a construção de um futuro sustentável no Brasil.

E essa divulgação que começou no segundo semestre de 2023? A campanha #AmbiçãoClimática visa enfrentar os desafios urgentes das mudanças climáticas, destacando a oportunidade apresentada pela Cúpula de Ambição Climática de 2023. Diante do aumento alarmante das temperaturas globais e dos impactos socioeconômicos iminentes, a campanha convoca ação imediata. 

Participantes são incentivados a seguir @ONUBrasil nas redes sociais, compartilhar conteúdo e usar hashtags como #AmbiçãoClimática. A campanha busca combater a desinformação, fornecendo dados científicos e promovendo diálogo nas redes sociais, visando criar consciência e engajamento. 

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Texto por: Júlia Quintaneiro

Revisado por: Juliana Cuoco Badari