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Médicos veterinários atuam em diversas áreas e enganam-se aqueles que pensam que os trabalhos se restringem a consultórios, zoológicos ou fazendas atendendo a animais. Na realidade, veterinários atuam, inclusive, na saúde humana e ambiental, como no controle de zoonoses, por exemplo.

Hoje, nesse dia do veterinário, queremos mostrar o quão diversa pode ser essa profissão e, ninguém melhor para isso do que nosso co-fundador e médico veterinário, Diego Arruda.

 

Foto: Diego Arruda

 

Medicina veterinária, empreendedorismo, marketing, comunicação e consultoria. Estas são apenas algumas das áreas que Diego atua e concilia harmoniosamente, tendo como eixo central, a conservação da biodiversidade.

Não é de agora que Di tem essa paixão pelos animais. Desde sempre foi fissurado pelos bichos e já tinha em sua cabeça de menino, que era com eles que queria trabalhar. Sempre teve muito contato com a natureza e viajava bastante para o interior nas férias, onde tinha muita conexão com cavalos. Devido a isso, entrou na faculdade pensando em trabalhar com estes animais. 

Para sua surpresa, a visão que Diego tinha sobre o que era trabalhar com cavalos era bastante diferente do que lhe foi apresentado na prática e jovem estudante e acabou se encontrando na nutrição. Ainda no segundo período da faculdade, entrou na Iniciação Científica nesta área e permaneceu nela até o último ano do curso. 

 

A nutrição e o Marketing

Di conseguiu uma oportunidade muito boa para estagiar na Tortuga, atual DSM Nutrição e Saúde Animal, que era a maior empresa de nutrição de animais de produção do Brasil, onde trabalhava no setor de marketing técnico e atendimento técnico ao cliente.

Foi naquele estágio que a veia do marketing surgiu na vida do nosso veterinário. Di participou de campanhas, criação de pesquisas de mercado, reuniões e criou o programa “Tortuga Universitário” em que recrutava novos talentos e divulgava a empresa, já que em São Paulo a área de produção não era tão acentuada quanto a clínica de pequenos. Lá dentro cresceu, aprendeu e permaneceu até o estágio obrigatório. A visão de poder trabalhar com o marketing no futuro ainda não era muito clara para Di, mas a experiência que ganhou em seu trabalho, tornou o marketing parte de sua essência. 

 

Nem só de marketing vive um homem

No período em que estagiava na Tortuga, Di aproveitava as férias e oportunidades que surgiam para fazer estágios em clínicas de ruminantes, trabalhar com gado de leite em fazendas, mais focado na produção. A clínica de pequenos animais nunca o atraiu muito, apesar de amar cães e gatos. 

Foto: Diego Arruda 

E chega ao fim do estágio obrigatório

Diego estava realmente muito bem adaptado ao seu estágio, porém não podia continuar por mais de três anos na mesma empresa e então teve que sair da sua zona de conforto e finalizar seus últimos três meses de estágio obrigatório em outro local.

Na época, Di já conhecia Carolina Lorieri, sua atual parceira de trabalho na Conservare Consultoria. Carol trabalhava com animais silvestres e movido pela curiosidade, Di foi estagiar no zoológico e acabou se apaixonando pela área. 

Com seu jeitão exótico de ser, Diego logo se encantou pelos répteis. “O que mais me marcou foi a primeira vez que eu pulei em cima de um jacaré-de-papo-amarelo para fazer contenção e quando eu fiz contenção de serpentes.”, conta Di. 

 

Foto: Diego Arruda

 

Diego trabalhou  no zoológico apenas um mês, mas foi o suficiente para querer trabalhar com silvestres no futuro.

Nos seus outros dois meses, Di estagiou no Instituto Butantan, onde trabalhava com serpentes peçonhentas, aracnídeos, macacos Rhesus e outros animais.

 

Foto: Instituto Butantan

 

Residência

Por ter se apaixonado pelo Butantan, Di prestou a residência para trabalhar lá e conseguiu. Nesse período, estudou bastante para prestar um trabalho de excelência durante os dois anos da residência e inclusive, foi no Butantan que Diego conheceu nosso biólogo Gustavo Figueiroa. 

Di era responsável pelo berçário, monitorando, alimentando e cuidando dos filhotes, juntamente com seu estagiário Gustavo. Lá Diego começou a se interessar pela clínica de répteis e a veia empreendedora começou a saltar.

Pensava em abrir clínica, projetou um zoológico de répteis que, inclusive, chegou a apresentar a ideia para o secretário do meio ambiente de São José dos Campos. Não queria ficar parado, tinha ideias a todo vapor.

Se especializou em clínica e cirurgia de animais silvestres e após a conclusão da residência começou a atuar nessa área porém, algo ainda não estava certo. Não era bem aquilo que Diego queria para sua vida.

 

Foto: Diego Arruda

 

Um caminho com altos e baixos

Como nem tudo nessa vida são flores, Diego passou por momentos de “início de um sonho/deu tudo errado”, assim como todos nós. 

Surgiu uma oportunidade muito boa de trabalho com serpentes no exército. Di queria muito que desse certo, mas quando terminou sua especialização, não conseguiu o certificado de conclusão a tempo da segunda fase e, devido a isso, não pode continuar o processo. Foi um momento difícil para ele, mas mesmo assim, não desistiu. No ano seguinte, prestou mais um ano de concurso, mas eram apenas quatro vagas no Brasil todo e mais uma vez, não deu certo. 

Após esse período conturbado, Diego foi morar na África durante 4 meses. Ao retornar, decidiu colocar sua vida no eixo. “Preciso trabalhar, preciso saber o que eu vou fazer. Clínica não é minha praia, não é o que eu quero, eu precisava voltar pro mercado que eu tinha capacidade e que eu sabia que ia poder ter um pouco mais de conforto.”, conta Di.

 

Foto: Diego Arruda

 

Diego voltou para a parte de nutrição e vendas, mas sempre com aquela vontade de trabalhar com estratégias de marketing e comunicação.

Durante quatro anos, Di trabalhou com vendas. Começou em uma empresa pequena, foi crescendo, conquistando empresas maiores, multinacionais, até que surgiu a oportunidade de trabalhar na Hill’s, uma empresa de nutrição animal da Colgate, onde permaneceu três anos, trabalhando com marketing e vendas.

 

Ideias a todo vapor.

Como nosso querido veterinário não fica parado, durante o tempo na Hill’s, Diego começou seu MBA em Marketing Digital. Em uma das matérias, a proposta era a criação de uma empresa a partir de uma ideia que você gostasse. Como além de empreendedor, Di também é alucinado pela natureza e conservação, nascia ali o projeto da GreenBond. 

Naquela hora, o propósito que Diego estava buscando chegou esmurrando a porta, com os dois pés no peito, gritando “É ISSO AQUI, MEU ANJO, FOCA AQUI QUE É SUCESSO E REALIZAÇÃO PROFISSIONAL E PESSOAL”.

Por ter vários amigos do meio da conservação e por saber das dificuldade de realizar um projeto, arrecadar recursos e de fazer de fato acontecer, Di foi cauteloso.  Depois de muitas conversas e lapidar bem a ideia, convocou seu amigo Gustavo Figueiroa para essa empreitada de marketing, comunicação e conservação. Gu, sem nem saber bem do que se tratava ainda, aceitou prontamente.

 

Diego e Gustavo. Foto: Diego Arruda.

 

Solta o verbo, Di!

Hoje, Diego tem diversos projetos, como a GreenBond, Wildingtone e a Conservare Wild Consulting, e tem uma visão muito ampla em todos eles. É um profissional que caminha em diversos setores, mas consegue costurar tudo, de forma que não deixa uma ponta solta. E o principal, é extremamente feliz no que faz.

Uma das principais razões por Di ser o que é hoje é devido ao amor e a veterinária. O amor pelos animais, pela natureza, pelas novidades, por arriscar. 

As diversas áreas, todas de alguma forma interligadas a veterinária, juntamente com a vontade de mudança, moldaram o profissional único que Diego é hoje. 

 

Diego e Gustavo. Foto: Frico Guimarães/Edson Vandeira

 

“A veterinária é uma profissão maravilhosa, é uma profissão incrível. (…) A veterinária explora um lance de investigação, de você ir mais a fundo, de você estudar, se aprofundar, que é muito próprio dela. Só que ao mesmo tempo, a veterinária é muito ampla, tem um leque enorme. Você pode trabalhar com inspeção de alimentos, trabalhar com produção de carne, produção de leite, (…) com a parte clínica e cirúrgica de cada animal diferente (…), pode ser veterinário de projetos de conservação, trabalhar com pesquisa, pode ser burocrata, trabalhar com venda de produtos veterinários para outros veterinários, treinamento de outros veterinários (…). A veterinária é muito ampla e isso é apaixonante.”, finaliza Di.

Neste Dia do Veterinário queremos parabenizar a todos os médicos veterinários formados e aos futuros profissionais. Aqueles que possuem suas certezas e os que possuem suas dúvidas. Os da clínica e os de fora dela. A todos que amam o que fazem e são únicos! Para aqueles que possuem sonhos: confia e vai! Faça igual ao nosso #Bond e trilhe seu próprio caminho! 

 

Feliz dia do médico veterinário!