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Hoje, dia 21 de Outubro, é o Dia da Conscientização sobre os Répteis! Com aproximadamente 11.570 espécies ao redor do mundo, o grupo é dividido em quatro linhagens: Testudines, Crocodilianos, Squamata e Rhynchocephalia. 

 

O grupo é composto por animais escamados, de quatro membros, ectotérmicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto, ou seja, mantém a mesma forma ou estrutura do nascimento até a idade adulta. 

O Brasil possui uma grande diversidade de répteis, contando com 795 espécies, sendo considerado o terceiro país com maior riqueza destes animais, ficando atrás apenas do México (942) e Austrália (1057).

Possuindo ampla distribuição geográfica, são encontrados em diversas localidades, inclusive, no meio aquático, como por exemplo, as tartarugas marinhas. 

Apesar das tartarugas marinhas viverem no ambiente marinho, elas possuem respiração pulmonar. Desta forma necessitam ir à superfície respirar, além de dependerem do ambiente terrestre para a reprodução. 

 

Foto: Domínio Público

 

As quatro linhagens

Testudines 

Os testudines ou quelônios são representados pelas tartarugas, cágados e jabutis. O grupo conta com 361 espécies, estando 36 delas presentes no Brasil.

Uma característica extremamente marcante dos quelônios é a presença de um casco formado por uma carapaça dorsal, constituída por uma camada externa de queratina e interna óssea e pelo plastrão ventral. A camada interna da carapaça é formada pela junção de costelas, vértebras e ossos dérmicos. Então não tem como tirar a tartaruga de dentro do casco como vemos nos desenhos, ok? 

 

Foto: Domínio Público

 

Também não apresentam dentes, mas suas mandíbulas possuem placas de queratina que formam um bico córneo. Sua audição não é boa, mas em contrapartida, possuem um bom olfato e visão, podendo inclusive perceber cores!

Na reprodução, todos os testudines enterram seus ovos no solo, não havendo cuidado parental. O sexo dos filhotes é definido pela temperatura do ninho. Baixas temperaturas durante a incubação determinam o nascimento de machos, já altas temperaturas, de fêmeas.

 

Crocodilianos

Jacarés, caimãs, crocodilos e gaviais. Estes são os representantes do grupo dos crocodilianos. Com 26 espécies ao redor do globo, nós, no Brasil, temos 6 em nosso território.

Os crocodilianos possuem um crânio alongado e robusto. A musculatura é forte e associada a mandíbula, permitindo um fechamento rápido e potente, além de uma grande abertura da boca.

 

Foto: Domínio Público

 

Crocodilos tendem a ser maiores e mais agressivos, atacando grandes animais como bovinos, antílopes e até humanos. Jacarés geralmente são menos agressivos e menores, mas ainda assim podem atacar humanos que os ameacem. 

Assim como as tartarugas, as fêmeas de crocodilianos enterram seus ovos, porém, possuem cuidado parental, ficando nas redondezas do ninho defendendo seus pequenos de possíveis predadores e, após os ovos eclodirem, auxiliam os filhotes na sobrevivência e permanência juntos por cerca de dois anos. Durante a incubação dos ovos, a temperatura também é um fator determinante, mas no caso dos crocodilianos, temperaturas altas produzem somente machos e temperaturas baixas somente fêmeas. 

 

Foto: GEAS-AM

 

Squamata

Com 11.182 espécies, a ordem Squamata é composta pelas serpentes (3921 espécies), lagartos (7059 espécies) e anfisbenas (202 espécies). Por ter tantas espécies, o grupo é bastante diverso e conta com as mais variadas características.

A maioria das espécies dos escamados possui um crânio com articulações móveis, o que permite que abram a boca e manipulem presas de uma forma muito diferente do restante dos répteis. Por isso, as cobras conseguem comer presas bem maiores que elas sem problema algum.

 

Foto: Domínio Público

 

Os lagartos possuem diferentes formatos, podendo ser arborícolas, terrestres, aquáticos e até mesmo planadores. Alguns, inclusive, possuem a redução dos membros, sendo desprovidos de patas, como o lagarto-de-vidro. 

Já as anfisbenas, são adaptadas a vida fossorial, ou seja, de escavação. Possuem corpo formado por anéis e se movem como minhocas. Possuem uma incrível capacidade de se locomover, com a mesma eficiência, tanto para a frente quanto para trás.

 

Foto: Domínio Público

 

Rhynchocephalia

Por fim, temos o grupo dos Rhynchocephalia, com apenas uma espécie representante: os tuataras. Os tuataras são animais semelhantes a lagartos, encontrados na Nova Zelândia. Devido a perda de habitat, predação por espécies exóticas e um ciclo reprodutivo extremamente lento, os tuataras são vulneráveis e já desapareceram de várias ilhas da região.

 

Foto: Domínio Público

 

Os tuataras demoram de 10 a 20 anos para se tornar sexualmente maduros e apenas produzem ovos a cada quatro anos. Para piorar, os ovos demoram sete meses para chocar! Apesar disso, podem chegar a idades avançadas, passando dos 100 anos.

 

Importância dos Répteis

Além de desempenharem seus papéis nos ecossistemas, sendo predadores topo de cadeia, fazendo controle populacional de pragas e servem de alimento para outros animais. Alguns répteis, como  os jabutis, por exemplo,  possuem grande importância ecológica ao dispersarem sementes, outros, como as serpentes, na produção de soro antiofídico e  medicamentos através da peçonha.  Até mesmo economicamente, devido ao consumo da carne pelo ser humano, como é o caso dos jacarés, eles são importantes. 

 

Foto: Domínio Publico

 

A verdade é que muitas vezes os répteis são ignorados ou até mesmo julgados de forma equivocada por pessoas que desconhecem e os temem. Mas são animais incríveis, extremamente peculiares e que possuem uma importância enorme na teia da vida!

Gostou de conhecer mais sobre eles?

 

Texto por Anna Luisa Michetti Alves

Revisado por Fernanda Sá