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O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou que vai promover uma revisão geral das 334 unidades de conservação brasileiras e, obviamente, a medida já preocupa quem trabalha com o tema. Essas áreas, administradas pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Biodiversidade), abrangem 9% do território nacional e são divididas em vários níveis de proteção e acesso.

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles – Foto: Roque de Sá – Agência Senado

Em reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o consultor jurídico do Instituto Socioambiental (ISA), Maurício Guetta, disse que a decisão mostra que o governo aponta para a desconstrução da política ambiental brasileira. Já o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini, chamou de “retrocesso sem precedentes”.

Na semana passada, em encontro realizado na Universidade de São Paulo, oito ex-ministros do Meio Ambiente lançaram uma carta criticando a postura do atual governo na área do meio ambiente, reafirmando que a proteção é para o desenvolvimento do país. Eles pontuam especialmente as transferências da Agência Nacional das Águas para o Ministério do Desenvolvimento Regional e do Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura; a extinção da Secretaria de Mudanças Climáticas; e as ameaças de “descriação” de áreas protegidas, de apequenamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente e de extinção do ICMBio.

Mirante da Reserva Bicudinho-do-brejo. Foto: Hudson Garcia/ Reprodução do Facebook

Enfim, um momento de atenção para a conservação ambiental do país.