A barragem de Gregório está localizada em Corumbá (MS), possui capacidade de 9,3 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro e, em caso de rompimento, traria prejuízos permanentes ao Pantanal. “Muitos danos seriam irreversíveis, principalmente, aos recursos hídricos da região,” diz, Ricardo Eboli Gonçalves Ferreira, diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) em entrevista à Campo Grande News.
A barragem de Gregório pertence à Vale, é a maior barragem do Pantanal e é classificada com potencial de dano alto pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e é similar à de Brumadinho (MG), que rompeu na última sexta-feira (25) e tinha capacidade de 12 milhões de m³.
Além de Gregório, existem duas outras barragens classificadas na categoria “dano potencial alto” pela ANM porque um possível rompimento poderia atingir até 250 pessoas em áreas rurais e prejudicaria a fauna e a flora do Pantanal.
Na segunda-feira (28), o Imasul anunciou a formação de um grupo de trabalho – composto por agentes e técnicos do Ibama, ANM, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental e Defesa Civil – que tem o objetivo de fiscalizar todas as barragens de rejeitos do estado.
Após o que ocorreu em Brumadinho, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente de MS quer se certificar que às barragens em Corumbá não correm risco de provocar uma tragédia de grandes proporções e espera que a vistoria tranquilize o Estado e a comunidade que vive no local.